quinta-feira, 19 de abril de 2012

A Humilhação


João Proença ameaçou que a UGT poderia denunciar os últimos acordos na Concertação Social (vulgo nova legislação laboral) por, alegadamente, o Governo não estar a cumprir a sua parte do acordo, nomeadamente naquilo que respeitará à implementação de uma qualquer agenda para o crescimento económico. De Londres e em Londres, Pedro Passos Coelho reagiu dizendo que as ameaças da UGT eram apenas resultado da aproximação do feriado do 1.º de Maio e daquilo que, parece-me a mim, será um esforço, talvez inglório, por parte da UGT, para  mobilizar trabalhadores para as suas iniciativas mas, também, para não (a)parecer demasiadamente colada ao Governo e longe do discurso de contestação e mais próximo das realidades socio-económicas e laborais da CGTP.
Mas ainda assim o tom e a substância das palavras de Pedro Passos Coelho são pouco compreensíveis. Apesar de ter toda a razão na "análise", pergunto-me o que é que o primeiro-ministro pensa que ganha em entrar numa espiral de humilhação pública da UGT? Embora, pelo menos a quente, se possa considerar que a UGT e João Proença merecem bem esta e todas as humilhações depois de terem assinado, como assinaram, o último acordo na Concertação Social.

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