domingo, 8 de abril de 2012

Demissão do Governo e eleições antecipadas?



Na RTP Informação Francisco Louçã apareceu a falar em "eleições antecipadas" por causa do conteúdo da entrevista de Pedro Passos Coelho a um jornal alemão e no qual o primeiro-ministro reconheceu que, afinal, e ao contrário daquilo que tem sido dito por vários membros do Governo em Portugal e por esse mundo fora, a república portuguesa poderá não poder voltar aos mercados da dívida em Setembro de 2013. Ou seja, se tal acontecer, haverá segundo resgate, mesmo que com outro nome, e, portanto, o Governo perderá por essa altura toda e qualquer credibilidade, presumindo que ainda lhe sobra ou sobrará alguma.
Se a estas declarações de Passos Coelho ao Die Welt, juntarmos o "lapso" do Governo, e de Vítor Gaspar, por causa do "regresso" do pagamento integral do 13.º e do 14.º mês a grande parte dos reformados, pensionistas, funcionários públicos e trabalhadores de (algumas) empresas públicas em 2014, em 2015 ou nas calendas, mas ainda a proibição, preparada e aprovada na clandestinidade, das reformas antecipadas, entre muitas outras desgraças, é de crer que o líder do Bloco de Esquerda tenha razão. Aguardemos, pois por mais alguns desenvolvimentos e se o Governo passa incólume a época estival. Mas uma coisa é hoje evidente. Apesar de assente numa maioria parlamentar, a vida deste Governo dependerá cada vez mais da vontade do presidente da república e do Partido Socialista. Serão eles, no momento da verdade, o dique que se fecha ou a comporta que se abre ao direito de viver ou de morrer do actual Governo.

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