sábado, 8 de setembro de 2012

Continuidades


Ao ler este post de Carlos Botelho no Cachimbo de Magritte, deixei nos comentários uma nota que para já, e vista a informação disponível, resume aquilo que do meu ponto de vista foi o grande objectivo político da declaração de ontem do primeiro-ministro.
"Por acaso, Carlos, também me ocorreu a ideia de acto voluntário/suicidário. Os estrategas do Governo reconhecem a sua incapacidade para resolverem os problemas e apostam tudo na insubordinação às mãos dos demais pilares político-institucionais do regime. Se estes transigirem acham que ficam com uma espécie de poder absoluto. Se não transigirem, o Governo, o PSD e CDS julgam que podem sair disto tudo como vítimas e, supostamente, de cara lavada (ou sem perderem a face). Como sucedeu com Sócrates por causa do PEC IV. Só que o dito Sócrates não tinha apoio maioritário na Assembleia da República, para além de muitas outras circunstâncias não se verificarem agora. Mas a linha de continuidade entre Sócrates e Passos Coelho está também na forma escolhida para cortarem um real, ou suposto, nó górdio. Vê-se bem que é a escola política das 'jotas.'"

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