segunda-feira, 3 de setembro de 2012

A 5.ª Avaliação


Na "5.ª Avaliação", a Troika ia fazer assim ou ia fazer assado. Basicamente, iria ser "compreensiva", dar mais tempo e mais dinheiro, transigir umas décimas nas metas do défice de 2012, porque os portugueses têm feito muitos sacrifícios e, ainda por cima, são bois mansos "bons alunos". E a despesa pública também desceu, ao que parece. Tudo isto porque o incumprimento do défice público deste ano será substancial, devendo andar pelos 6,5%, 7%, quando as contas estiverem fechadas (e sem a adopção de grandes "medidas extraordinárias" pelo Governo). 
Afinal, e segundo o testemunho dos parceiros sociais que esta manhã estiveram à conversa com os representantes do FMI, da CE e do BCE, a Troika limita-se a lavar as mãos como Pilatos. Se o "ajustamento" está correr mal a culpa é do Governo português e dos governados. A Troika não tem nada que ver com o assunto. Empresta o dinheiro enquanto tiver que ser. Quando não tiver que ser, fecha a torneira da "liquidez".
Ou seja, se quer mudar alguma coisa o Governo deverá falar com a chanceler alemã. Mas o Governo não quer. Acha que os portugueses têm que sofrer porque tiveram vida folgada nestes últimos dez a quinze anos.
Se ao menos houvesse um estadista em São Bento e outro nas Necessidades.

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