domingo, 2 de setembro de 2012

Como eu vejo a novela da concessão da RTP


Quanto mais aprecio a novela da privatização/concessão da RTP tal como António Borges lhe deu início já lá vai mais de uma semana, mais convencido fico que o Governo quer tanto privatizar/concessionar a RTP como os portugueses querem que lhes cortem salários, aumentem os impostos ou os despeçam. É que se a intenção do Governo fosse aquela que proclama, toda esta história teria sido preparada e contada de outra maneira. Assim, e como estão as coisas, o Governo já tem todas as razões, e mais algumas, para manter as coisas mais ou menos como estão. Fá-lo-á, por exemplo, com o argumento de que não privatiza em nome da preservação da coligação governamental e da inerente estabilidade política. Por isso, e como sempre desejou, Relvas cortará daqui, gastará dali, demitirá o caro ou o politicamente inconveniente de acolá e contratará caríssimo e politicamente dócil ao virar da esquina.
De tudo isto, só não percebo é como é que há "liberais", e não só, apoiantes ou não deste Governo e/ou dos seus chefes políticos - Coelho e Relvas -, que continuam a levar a sério os mais que evidentes alegados intuitos privatizadores/concessionadores do Governo. Ainda por cima, muitos desses apoiantes não são propriamente gente com pouca massa cinzenta.
Mas é claro que eu poderei não ter razão.

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